quinta-feira, 23 de maio de 2013

Universidade do Estado adota Enem para acesso integral aos cursos de graduação
Da Redação
Agência Amapá



Por ampla maioria do Conselho Superior Universitário (Consu), a Universidade do Estado do Amapá (Ueap) aboliu o tradicional vestibular para adotar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como única forma de acesso aos seus cursos de graduação. Também aderiram integralmente ao exame unificado das universidades de destaque como UFRJ e UFF, e mais recentemente, UFMG, UnB, UFJF, Ufes, UFRN, UFPB, UFTM, entre outras.

No Processo Seletivo de 2013, a Ueap adotou pela primeira vez o acesso parcial aos cursos de graduação por meio do Enem, oferecendo 50% das vagas aos que optaram concorrer com a nota do exame de 2012. O resultado revelou candidatos que concorreram aos cursos da universidade – a maioria inédita no Estado - com notas suficientes para aprovação em cursos clássicos e de grande concorrência, como Medicina, no Amapá.

A aprovação pela substituição integral do vestibular como forma de acesso aos cursos da Ueap pela maioria do Consu foi tirada na reunião do dia 25 de abril e já valerá para o ingresso a partir de 2014. As inscrições para o Enem iniciaram na última segunda-feira, 13, e se estenderão até às 23h59 do dia 27 de maio, no site do Enem (www.enem.inep.gov.br). A taxa de inscrição é no valor de R$ 35 e pode ser paga até o dia 29 deste mês.

Haverá isenção do pagamento da taxa de inscrição ao candidato concluinte do ensino médio no ano de 2013, matriculado em qualquer modalidade de ensino em escola da rede pública, declarada ao Censo Escolar da Educação Básica, como também ao declarante de situação de carência, que se declarar membro de família de baixa renda ou estar em situação de vulnerabilidade socioeconômica no ato da inscrição e dispor dos documentos comprobatórios da situação de carência socioeconômica declarada.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as provas do Exame Nacional serão realizadas nos dias 26/10 (13h-17h30), nas áreas de ciências humanas e ciências da natureza, e 27/10 (13h-18h30), nas áreas de linguagens, matemática e redação. A divulgação do gabarito dar-se-á até o dia 30/10, por meio do site www.inep.gov.br/enem e o resultado individual, em data a ser divulgada, mediante inserção do número de inscrição e senha ou CPF, e senha no endereço eletrônico sistemasenem2.inep.gov.br.

Áreas de conhecimento

A avaliação na área de ciências humanas e suas tecnologias incluem questões de história, geografia, filosofia e sociologia. Na área de ciências da natureza e suas tecnologias estão inclusas questões de química, física e biologia. Já em linguagens, códigos e suas tecnologias e redação, aborda-se a língua portuguesa, literatura, língua estrangeira (inglês ou espanhol), artes, educação física e tecnologias da informação e comunicação, enquanto que a área da matemática e suas tecnologias incluem conhecimentos sobre matemática.

Redação

Para a nota da redação serão considerados os seguintes critérios avaliativos: domínio da norma padrão da língua escrita; compreensão da proposta de redação e aplicação de conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo; selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação; elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

A partir deste ano, a correção da redação passará a ser mais rigorosa, com a proibição do deboche, a exigência do domínio da norma culta para receber a nota máxima e a redução da discrepância máxima nas notas dos dois corretores para que a redação seja encaminhada por uma terceira avaliação independente. Também será atribuída nota zero a textos com até sete linhas, que configurará texto insuficiente, entre outros casos.
Veja o Edital do Enem 2013: clique aqui.

 Keila Gibson Rebelo/Ueap



Governador Camilo Capiberibe empossa membros do Conselho Estadual de Educação
Da Redação
Agência Amapá  

A cerimônia ocorreu na manhã desta segunda-feira, 20, no Palácio do Setentrião, e contou com a presença da deputada federal Janete Capiberibe; presidente do Conselho Estadual de Cultura, Maria Madalena Mendonça; o violonista Nonato Leal; secretária de Educação, Elda Araújo; vereadora  Neuzinha Velasco; Domingos Belo, vereador de Mazagão; vereador Rocha do Sucatão; deputados estaduais Joel Banha, Manoel Brasil e Jorge Salomão; secretária de Desenvolvimento Rural, Cristina Almeida; e do chefe de Gabinete do GEA, Délcio Magalhães.

O Conselho de Educação é formado por 22 membros, sendo dois conselheiros natos e mais nove indicados pelo governador do Estado e 11 apresentados por entidades e segmentos da sociedade civil, obedecendo aos critérios de conhecimento técnico, experiência na área de educação comprovados por meio de títulos acadêmicos e trabalhos realizados, ética pessoal e profissional.

Eleição da diretoria

A atual presidente do Conselho, Madalena Mendonça, ficará no cargo até o dia 1º de junho. No dia 2 deverá ser empossada a nova diretoria para o biênio 2015/16. O processo eleitoral inicia dia 20 e vai até 30 de maio. Os conselheiros indicados ficarão no cargo durante quatro anos. Para eleger-se, a candidata ou candidato deve obter o número de votos mínimo de 50% mais um.
O Conselho de Educação foi criado por iniciativa do governador do então Território Federal do Amapá, Ivanhoé Gonçalves Martins, por meio do Decreto nº 16/1972, de 4 de outubro de 1972, o Conselho de Educação do Território do Amapá (Ceta). Mas a instalação, entretanto, só ocorreu no dia 16 de abril de 1973, com a primeira reunião plenária.

Em 1985, também através de decreto, assinado pelo governador Anníbal Barcellos, foi extinto o Ceta e instituído o Conselho Territorial de Educação (CTE), constituído de 11 membros com mandado de cinco anos.

Em 1988, em razão da transformação do extinto Território Federal do Amapá em Estado, ocorrida em 5 de outubro de 1988 com a promulgação da Constituição Brasileira, o CTE recebeu a designação de Conselho Estadual de Educação (CEE), integrado por 12 membros.

Édi Prado/Secom


Escolas receberão R$ 100 mi para investir em cultura

Mariana Tokarnia
Da Agência Brasil, em Brasília

A partir do segundo semestre deste ano, escolas públicas de ensino integral terão dinheiro para promover atividades culturais pelo Programa Mais Cultura nas Escolas, lançado ontem (21) pelos ministérios da Educação e da Cultura. "Estaremos potencializando a difusão cultural. Muitos professores querem, mas não sabem como fazer", diz a ministra da Cultura, Marta Suplicy.

Serão selecionados 5 mil projetos. Cada escola contemplada receberá entre R$ 20 mil e R$ 22 mil, que serão usados em apresentações de teatro, música, dança, circo, artes visuais, cultura indígena, cultura afro-brasileira, além de atividades externas, como visitas a museus.

Estão aptas a se inscrever 34 mil escolas de educação básica, que participam dos programas Mais Educação e Ensino Médio Inovador. "A jornada maior é o que permite desenvolver as atividades com mais qualidade", explica o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

De acordo com a ministra, o projeto é uma demanda tanto dos professores quanto dos artistas e agentes culturais. Eles poderão criar um plano de atividade cultural, envolvendo linguagens artísticas e manifestações da cultura. Como a inscrição será feita apenas pelos diretores das escolas, os grupos de cultura que quiserem participar devem procurar as secretarias de Educação municipais e estaduais.
As escolas serão escolhidas por um grupo de representantes dos ministérios da Educação, da Cultura e por professores de universidades federais. Os projetos serão selecionados de acordo com o histórico de atuação dos grupos culturais e de acordo com a qualidade do projeto apresentado. Será levado em consideração o equilíbrio regional e o equilíbrio temático.

Segundo o ministro Aloizio Mercadante, todos os Estados e o Distrito Federal serão contemplados. Os projetos serão desenvolvidos pelas escolas e será exigida prestação de contas da utilização dos recursos. As escolas deverão enviar também fotografias e vídeos que provem a execução das atividades. "A escola que não enviar o registro pode não participar do próximo edital", explica Mercadante.

As inscrições começam hoje (22) e vão até o dia 30 de junho no portal do Simec . O resultado será divulgado no começo de agosto. Os recursos serão encaminhados pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) pelo Programa Dinheiro Direto da Escola.


'Tecnologia digital não pode substituir pedagogia', diz professor

Vagner de Alencar
Do Porvir 

Especialistas apontam para a necessidade de novas práticas de ensino que atendam as exigências da educação do século 21. Há aqueles que apostam nas tecnologias digitais como ferramentas indispensáveis capazes de endereçar essas demandas de ensino-aprendizagem. No entanto, outros estudiosos garantem que, ao mesmo tempo em que a chamada era digital democratiza a informação, ela também pode estar desprovida de objetivos formativos, colocando a informação apenas a serviço do mercado, da publicidade, do consumo.

Para o especialista em educação brasileira, José Carlos Libâneo, antes de propor qualquer adoção tecnológica em sala de aula, é preciso, primeiro, que os professores repensem como ajudar no desenvolvimento das capacidades intelectuais dos estudantes por meio dos conteúdos de suas disciplinas.

"Penso que as características de todo bom professor precisam ser identificadas a partir de sua base pedagógica. Não são as tecnologias digitais que as definem e nem apenas as demandas da escola do futuro", afirma ele, que é pós-doutor em Educação pela Universidad de Valladolid, da Espanha.

Libâneo aponta três características fundamentais para a prática docente: dominar a matéria que ensina, saber como ensinar os conteúdos e identificar as necessidades individuais de cada estudante. Essas condições, afirma, são importantes para atender às novas exigências educacionais, como: formar jovens com capacidade reflexiva, capazes de fundamentar e lidar criticamente com a informação e a produção própria de conteúdo utilizando a palavra, a imagem, o movimento, o hipertexto etc.

No caso da primeira característica, o domínio do conteúdo que o docente leciona é imprescindível para a formação dos alunos. "Para um professor ensinar matemática aos seus alunos, por exemplo, ele precisa, primeiramente, e como condição absoluta, dominar o conteúdo. Nada feito sem saber o conteúdo que ensinará. É sumamente desejável que tenha uma cultura geral, ou melhor, uma cultura interdisciplinar", diz.

Além disso, o educador também precisa saber como ensinar, mais especificamente, como pode ajudar o aluno a entender a lógica mental por trás dos conteúdos da disciplina. "Ele precisa identificar na matéria as capacidades intelectuais (conceitos, ações mentais) mais importantes a serem desenvolvidas e propor atividades e experiências que estimulem, envolvam e melhorem a aprendizagem ativa e a compreensão dos alunos", assegura.

Conhecer o aluno

Por fim, é preciso identificar quem é o estudante ao qual leciona, principalmente seus motivos, seus objetivos subjetivos, a relação que ele tem com a matéria trabalhada. "É preciso saber em que contexto sociocultural e institucional 'João' vive, como esse contexto influi na sua aprendizagem e como esse contexto pode ser modificado. Entre essas práticas socioculturais incluem-se o contexto familiar, as foras de organização e funcionamento da escola, mas também o contexto das TICs [Tecnologias da Informação e Comunicação]."

De acordo com Libâneo, só a partir dessas tarefas, consideradas "básicas", é que as tecnologias digitais podem desempenhar um papel mais assíduo na prática docente.
"Como pedagogo, posso afirmar que as TICs  atuam no âmbito psíquico dos estudantes, na sua relação com os objetos de conhecimento, nas formas de percepção, expressão e comunicação com os outros", diz. "São inúmeros os benefícios. Elas ajudam a modificar as formas de aprender dos estudantes, seja definindo novas interações com os conteúdos, colocando os estudantes nas redes sociais, intervindo nas relações na sala de aula, entre outros."

No entanto, ele pondera que é impossível aceitar que a escola trabalhe com o uso  ferramental das tecnologias ou a partir de um currículo fixado apenas nas habilidades dissociadas do seu conteúdo e significado.

"Elas [as tecnologias], dessa forma, praticamente não contribuem para o desenvolvimento das capacidades intelectuais e a formação da personalidade dos estudantes. É necessário o domínio da linguagem informacional, habilidade de articular as aulas com as mídias e multimídias, as lógicas e modos de lidar com o conhecimento das tecnologias", diz.





Mais de 60% dos alunos de escola pública têm computador em casa
Camila Maciel
Da Agência Brasil, em São Paulo

A maioria dos alunos de escolas públicas do país (62%) tem computador em casa, aponta a pesquisa TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) Educação 2012, divulgada hoje (23) pelo CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil). O número é crescente desde 2010, primeiro ano do levantamento, quando o percentual era 54%. No ano passado, essa proporção entre estudantes da rede pública já tinha avançado para 56%.

A abordagem reuniu informações de 856 escolas públicas e privadas, selecionadas a partir do Censo Escolar de 2011. Foram entrevistados professores de português e matemática, alunos dos ensinos fundamental e médio, além de coordenadores pedagógicos e diretores.
Também houve avanço do acesso à internet pelo celular entre os alunos de escolas municipais e estaduais: crescimento de 14 pontos percentuais na comparação com 2011, alcançando 44% dos entrevistados. No ensino privado, a proporção de estudantes que acessam internet pelo celular é maior, atingindo 54% dos entrevistados.

Em relação aos professores, a pesquisa mostra que a presença do computador e da internet em casa está próxima da universalização. No último levantamento, o percentual já chegava a 96%. A maioria deles tem o computador como suporte para desenvolver habilidades e usa a internet para manter contatos informais com outros educadores.

O estudo chama a atenção ainda para a necessidade de ampliar políticas públicas de incorporação das tecnologias digitais no ambiente escolar. A sala de aula, por exemplo, ainda não incorporou plenamente o uso dessas ferramentas, apesar de ter aumentado o uso de computadores entre os professores durante as atividades. A prática de ensinar os alunos a usar o computador e a internet – que é feita de forma esporádica – ainda é a atividade escolar em que mais se aplica essas tecnologias.

Do ponto de vista da infraestrutura, as escolas analisadas apresentaram maior presença de computadores portáteis, o que revela uma possibilidade de uso dessas tecnologias para além das tarefas de gestão escolar ou das atividades nos laboratórios de informática. Entre os fatores limitantes para esse uso, no entanto, está a quantidade de equipamentos disponíveis e a velocidade de conexão à rede.


Ideias Transformadoras

Lucila Cano

No palco que recria o ambiente de um circo, uma garota sonha em ser trapezista. A fantasia cede lugar ao pesadelo, assim que ela é enganada pelo mágico Zoran. Ele a transforma em Linda Rosa e passa a explorá-la. Mas, graças ao caminhoneiro Justiniano, mais conhecido como Justo, que liga para o Disque 100 e denuncia a violência, a menina é salva do abuso.

Este é o enredo do musical "A Linda Rosa", escrito por Josemir Medeiros, com apresentações previstas para 57 cidades de 21 Estados até o início de dezembro deste ano. A peça faz parte da programação da Caravana Siga Bem, patrocinada pela Petrobras, Volvo e Grupo CCR.

Já na cidade de São Paulo, entre os dias 23 e 25 de maio, na esquina da rua da Consolação com a avenida Paulista e na passagem subterrânea que liga uma calçada a outra da Consolação, o projeto "Catando Estórias" desenvolverá atividades de estímulo à leitura: confecção de capas de livros com materiais reciclados, catação de estórias dos transeuntes, exposição de capas de livros de papelão e sarau literário.

O projeto tem o apoio da Secretaria Municipal da Cultura, organização da MUDA Práticas e participação do Coletivo Dulcinéia Catadora, criado pela artista plástica Lúcia Rosa e integrado por artistas e escritores.

O que dois projetos tão distintos têm em comum? Criatividade e valorização da cidadania.

Siga bem criança

Todo ano, desde que foi criada, a Caravana Siga Bem leva peças itinerantes para caminhoneiros, profissionais de transportadoras e comunidades próximas das rodovias do país. O que diferencia "A Linda Rosa" de atrações anteriores é que esta é a primeira vez que a equipe da caravana encena um texto sobre o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.

A edição 2013 da caravana comemora 10 anos do projeto Siga Bem Criança, que envolve caminhoneiros do Brasil no combate à exploração e violência contra a criança e o adolescente, a partir da divulgação do Disque 100 para denúncias de maus tratos.


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Reconhece esse Lugar?

Imagem de Satélite da área onde está localizada nossa Escola. Imagem Obtida utilizando a ferramenta  Google Earth.


O que você Sabe sobre as TIC ?


As Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC correspondem a todas as tecnologias que interferem e medeiam os processos informacionais e comunicativos dos seres. Ainda, podem ser entendidas como um conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si, que proporcionam, por meio das funções de hardware, software e telecomunicações, a automação e comunicação dos processos de negócios, da pesquisa científica e de ensino e aprendizagem.
História

A comunicação é uma necessidade e algo que está presente na vida do ser humano desde os tempos mais remotos. Trocar informações, registrar fatos, expressar idéias e emoções são fatores que contribuíram para a evolução das formas de se comunicar. Assim, com o passar do tempo, o homem aperfeiçoou sua capacidade de se relacionar.

Nesse sentido, conforme as necessidades surgiram, o homem lançou mão de sua capacidade racional para desenvolver novas tecnologias e mecanismos para a comunicação. Conceitua-se tecnologia como tudo aquilo que leva alguém a evoluir, a melhorar ou a simplificar. Em suma, todo processo de aperfeiçoamento. A humanidade já passou por diversas fases de evoluções tecnológicas, porém um equívoco comum quando se pensa em tecnologia é se remeter às novidades de última geração.
Em se tratando de informação e comunicação, as possibilidades tecnológicas surgiram como uma alternativa da era moderna, facilitando a educação através da inclusão digital, com a inserção de computadores nas escolas, facilitando e aperfeiçoando o uso da tecnologia pelos alunos, o acesso a informações e a realização de múltiplas tarefas em todas as dimensões da vida humana, além de capacitar os professores por meio da criação de redes e comunidades virtuais.

Sob tal óptica, “os computadores são grandes responsáveis por esse processo. Os Sistemas de Informação nas empresas requerem estudos quanto à sua importância na abordagem gerencial e estratégica dos mesmos, juntamente com a análise do papel estratégico da informação e dos sistemas na empresa (KROENKE, 1992; LAUNDON, 1999)”.

Existe uma tendência cada vez mais acentuada de adoção das tecnologias de informação e comunicação não apenas pelas escolas, mas por empresas de diversas áreas, sobretudo com a disseminação dos aparelhos digitais no cotidiano contemporâneo. Há uma variedade de informações que o tratamento digital proporciona: imagem, som, movimento, representações manipuláveis de dados e sistemas ( simulações), todos integrados e imediatamente disponíveis, que oferecem um novo quadro de fontes de conteúdos que podem ser objeto de estudo.

A comunicação é também a responsável por grandes avanços. Devido à troca de mensagens e conseqüente troca de experiência, dessa forma, grandes descobertas foram feitas. A história humana, sem os desenhos das cavernas, os hieróglifos egípcios e o enorme acervo de informação que nos foi deixado através da escrita, não teria a emoção sentida hoje ao se ver o avanço desses meios. Todos os exemplos citados acima são formas de deixar mensagens, ou seja, passar adiante uma informação, uma experiência, um fato ou uma descoberta. A comunicação é algo complexo, uma vez que existem várias formas de se comunicar. O objetivo aqui é mostrar o quanto a troca de mensagens, a informação e o relacionamento humano são importantes para a evolução de novos conceitos, como por exemplo o trabalho colaborativo (trabalho em equipe), a gestão do conhecimento, o ensino a distância (e-learning), que promovem uma maior democracia nos relacionamentos entre pessoas e a diminuição do espaço físico/temporal.

Num ambiente corporativo, onde um grupo de pessoas percorre objetivos comuns, a necessidade de comunicação aumenta consideravelmente. Em uma corporação, existem barreiras culturais, sociais, tecnológicas, geográficas, temporais, dentre outras, que dificultam às pessoas se comunicarem, portanto um dos desafios de uma corporação é transpor essas barreiras.

Atualmente, os sistemas de informação e as redes de computadores têm desempenhado um papel importante na comunicação corporativa, pois é através dessas ferramentas que a comunicação flui sem barreira. Segundo Lévy (1999), novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática. As relações entre os homens, o trabalho, a própria inteligência dependem, na verdade, da metamorfose incessante de dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação e aprendizagem são capturadas por uma informática cada vez mais avançada.

A tecnologia da informação teve uma gigantesca evolução e, com a tendência do mundo moderno, inovações e facilidades ainda hão de surgir. A internet e, em conseqüência, o e-mail e a agenda de grupo online, são componentes de um grande marco e um dos avanços mais significativos, pois através deles vários outros sistemas de comunicação foram criados.

Nos dias atuais, encontramos várias tecnologias que viabilizam a comunicação, porém o que vai agregar maior peso a essas tecnologias é a interação e a colaboração de cada uma delas. Dentro desse cenário, é importante frisar uma interessante observação feita por Lévy (1999):
“A maior parte dos programas computacionais desempenham um papel de tecnologia intelectual, ou seja, eles reorganizam, de uma forma ou de outra, a visão de mundo de seus usuários e modificam seus reflexos mentais. As redes informáticas modificam circuitos de comunicação e de decisão nas organizações. Na medida em que a informatização avança, certas funções são eliminadas, novas habilidades aparecem, a ecologia cognitiva se transforma. O que equivale a dizer que engenheiros do conhecimento e promotores da evolução sociotécnica das organizações serão tão necessários quanto especialistas em máquinas”.

Atualmente, estudos sistemáticos dos comportamentos econômicos nesta transição de século e de milênio vêm atribuindo um importante fator ao cenário econômico, tão impregnado pelos fatores da Era Industrial (bens de consumo durável, maquinário, trabalho mecânico e em série, produtos etc.) e esse fator é o conhecimento – a dimensão crítica de sustentação de vantagens competitivas.

Nessa nova economia, as capacidades de inovação, de diferenciação, de criação, de valor agregado e de adaptação à mudança são determinadas pela forma como velhos e novos conhecimentos integram cadeias/redes de valor, como processos e produtos recorrem a conhecimento útil e crítico, bem como pela aptidão demonstrada pelas empresas, governos (organizações em geral) e pessoal para aprender constantemente (Silva, 2003).

A Era da Informação e do Conhecimento que vivemos nos mostra um mundo novo, na qual o trabalho humano é feito pelas máquinas, cabendo ao homem a tarefa para a qual é insubstituível: ser criativo, ter boas idéias. Há algumas décadas, a era da informação vem sendo superada pela onda do conhecimento. Já que o aumento de informação disponibilizada pelos meios informatizados vem crescendo bastante, a questão agora está centrada em como gerir esse mundo de informações e retirar dele o subsídio para a tomada de decisão.

Desenvolver competências e habilidades na busca, tratamento e armazenamento da informação transforma-se num diferencial competitivo dos indivíduos.

Não somente ter uma grande quantidade de informação, mas sim que essa informação seja tratada, analisada e armazenada de forma que todas as pessoas envolvidas tenham acesso sem restrição de tempo e localização geográfica e que essa informação agregue valor às tomadas de decisão.
É importante que o desenvolvimento de um determinado projeto seja organizado e disponibilizado para uma posterior consulta e fonte de pesquisa para projetos futuros, ou seja, é necessário criar um meio que resgate. A memória é o bem maior de qualquer organização, é o conhecimento gerado pelas pessoas que fazem parte desta.

A Tecnologia da Informação (TI) tem um papel significativo na criação desse ambiente colaborativo e, posteriormente, em uma Gestão do Conhecimento. No entanto, é importante ressaltar que a tecnologia da informação desempenha seu papel apenas promovendo a infra-estrutura, pois o trabalho colaborativo e a gestão do conhecimento envolvem também aspectos humanos, culturais e de gestão (Silva, 2003).

Os avanços da tecnologia da informação têm contribuído para projetar a civilização em direção a uma sociedade do conhecimento. A análise da evolução da tecnologia da informação, de acordo com Silva (2003), é da seguinte maneira:
“Por cinqüenta anos, a TI tem se concentrado em dados – coleta, armazenamento, transmissão, apresentação – e focalizado apenas o T da TI. As novas revoluções da informação focalizam o I, ao questionar o significado e a finalidade da informação. Isso está conduzindo rapidamente à redefinição das tarefas a serem executadas com o auxilio da informação, e com ela, à redefinição das instituições que as executam”.

Hoje, o foco da Tecnologia da Informação mudou, tanto que o termo TI passou a ser utilizado como TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação. E, dentro desse universo, novas idéias como colaboração e gestão do conhecimento poderão ser edificadas, porém, mais uma vez é importante enfatizar que nenhuma infra-estrutura por si só promoverá a colaboração entre as pessoas, essa atitude faz parte de uma cultura que deverá ser disseminada por toda a organização; é necessário uma grande mudança de paradigma.

‘As TICs também estão no ambiente escolar, auxiliando os professores em suas práticas pedagógicas. Computadores, internet, softwares, jogos eletrônicos, celulares:ferramentas comuns ao dia a dia da chamada”geração digital e as crianças já as dominam como se fossem velhas conhecidas. O ritmo acelerado das inovações tecnológicas,assimiladas tão rapidamente pelos alunos, exige que a ducação também acelere o passo, tornando o ensino mais criativo, estimulando o interesse pela aprendizagem.O que se percebe hoje é que a própria tecnologia pode ser uma ferramenta eficaz para o alcance desse objetivo. Entendendo a escola como um espaço de criação de cultura, esta deve incorporar os produtos culturais e as práticas sociais mais avançadas da sociedade em que nos encontramos.Espera-se,assim, da escola uma importante contribuição no sentido de ajudar as crianças e os jovens a viver em um ambiente cada vez mais “automatizado”, através do uso da eletrônica e das telecomunicações.O horizonte de uma criança, hoje em dia, ultrapassa claramente o limite físico da sua escola, da sua cidade ou do seu país, quer se trate do horizonte cultural, social, pessoal ou profissional.
Em uma sociedade tecnológica, o educador assume um papel fundamental como mediador das aprendizagens, sobretudo como modelo que é para os mais novos, adotando determinados comportamentos e atitudes em face das tecnologias.Por outro lado,perante os produtos tecnológicos, o educador deverá assumir-se com conhecimento e critério, analisando cuidadosamente os materiais que coloca à disposição das crianças. 

Porém o Brasil precisa melhoras as competências do professor em utilizar as tecnologis de comunicação e informação na educação.A forma como o sistema educacional incorpora as TICs afeta diretamente a diminuição da exclusão digital existente no país . Vários pontos devem ser levados em conta quando se procura responder a questão: Como as TICs podem ser utilizadas para acelerar o desenvolvimento em direção à meta de “educação a todos e ao longo da vida”?Como elas podem propiciar melhor equilíbrio entre ampla cobertura e excelência na educação?Como pode a educação preparar os indivíduos e a sociedade de forma que dominem as tecnologias que permeiam crescentemente todos os setores da vida e possam tirar proveito dela? Primeiro, as TICs são apenas uma parte de um contínuo desenvolvimento de tecnologias,a começar pelo giz e os livros, todos podendo apoiar e enriquecer a aprendizagem. Segundo, as TICs, como qualquer ferramenta, devem ser usadas e adaptadas para servir a fins educacionais. Terceiro,várias questões éticas e legais,como as vinculadas à propriedade do conhecimento,ao crescentemente tratamento da educação como uma mercadoria,à globalização da educaçõa face à diversidade cultural,interferem no amplo uso das TICs na educação. Na busca de soluções a essas questões,a UNESCO coopera com o governo brasileiro na promoção de ações de disseminação de TICs nas escolas com o objetivo de melhorar a qualidade do processo ensino-aprendizagem,entendendo que o letramento degital é uma decorrência natural da utilização frequente dessas tecnologias.

O Ministério da Educação tem a meta de universalizar os laboratórios de informática em todas as escolas públicas até 2010, incluindo as rurais.A UNESCO também coopera com o programa TV escola,para explorar a convergência das mídias digitais na ampliação da interatividade dos conteúdos televisivos utilizados no ensino presencial e a distância. A UNESCO no Brasil conto com a permanente parceria das cátedras UNESCO em Educação a Distância em várias universidades brasileira, que utilizam as TICs para promover a democratização do acesso ao conhecimento no país. Em 4 de agosta de 2009,a UNESCO no Brasil e seus parceiros lançaram no país o projeto internacional”Padrões de Competência em TICs para Professores”, por meio das versões em português brochuras sobre a proposta do projeto.O projeto tem o objetivo de fortalecer diretrizes sobre como melhorar as capacidades dos professores nas práticas de ensino por meio das TICs.Autoridades, especialistas e tomadores de decisão analisam a viabilidade da implementação das diretrizes deste projeto adaptadas à realidade brasileira.



LIED no Cotidiano Escolar

A professora Helena Colares que atua com a disciplina Língua Portuguesa, desenvolveu durante dois dias ( 20 e 21 de Maio) uma ativida onde se podia aliar o contéudo estudado ( Crônica ) e a Tecnologia ( LIED ). 

Professora Helena Colares e os alunos da turma 723

 No desenvolvimento das atividades, a professora explorou com os alunos da turma 723 as caractéristicas do gênero estudado, e em seguida instigou aos mesmo que procurassem na internet crônicas para que pudessem analisá-las.

alunos utilizando os micros do LIED.
Esse  é um bom exemplo de como se pode aliar o contéudo ministrado em sala de aula e o LIED. Espero que possamos trabalhar mais vezes não só  com a Professora Helena, mas como também com os demais colegas professores da instituição.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Voltando a rotina...

Alunos utilizando os jogos Educativos que fazem parte dos recursos instalados no micros do LIED.





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Tradição inovadora 

Escola aposta no uso da internet para atrair o interesse dos alunos e a participação dos pais

Cristina Casagrande

Com um computador por aluno, a escola usou a tecnologia para atrair o interesse do aluno e a participação dos pais

Em Gurupi (TO), município de cerca de 80 mil habitantes a 223 quilômetros de Palmas, a Escola Estadual Presidente Costa e Silva é modelo de administração aliada a boas práticas pedagógicas. Com 346 estudantes, em sua maioria de baixa renda, a escola aumentou 38% seu Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em dois anos, atingindo em 2009 a meta prevista para 2013: 5,1.

Mas a unidade nem sempre foi modelo. Em 2006, o índice de evasão dos alunos era de 22% e as faltas, frequentes. Diante desse quadro, a equipe gestora, funcionários, professores, alunos e pais se mobilizaram para melhorar o ensino. A partir de um processo de comunicação e planejamento constante, a unidade incentivou a participação dos pais, utilizou a tecnologia para atrair o interesse dos alunos, acompanhou de perto a frequência e valorizou a formação docente e a dedicação exclusiva dos professores à escola.

Para a professora de língua portuguesa Joana D'Arc Maluf, o equilíbrio entre a tradição e inovação foram essenciais para o avanço da escola. "Nós temos bem definidos os papéis de gestores e educadores. Os alunos sabem que podem contar com o professor como um guia, como ocorre em qualquer instituição organizada. Por outro lado, buscamos ser criativos nas atividades, nos materiais e na infraestrutura da escola", explica.

No quadro de professores da unidade, 90% possuem alguma especialização e os que ainda não têm estão em início de carreira. O número de profissionais também mudou. Há cinco anos, havia 35 professores na escola que, hoje, conta com apenas 12 docentes. Isso porque todos os professores agora têm dedicação exclusiva à instituição. A dificuldade de realizar reuniões e conselhos com professores que lecionavam em várias escolas foi tema de debates e reflexão na unidade. Foi definido um horário semanal, no período noturno, para o planejamento, acompanhamento e avaliação das ações e, gradativamente, os professores foram ajustando seus horários para participar desses encontros e concentrando seu trabalho naquela unidade.

"O número de aulas dos professores é o mesmo das outras escolas, mas garantimos a carga horária máxima a todos eles, por serem exclusivos da escola", explica Adriana. "Não oferecemos nenhum incentivo específico para que os professores concentrassem suas aulas nesta escola, mas sempre buscamos proporcionar a assessoria pedagógica necessária ao professor, diálogo e boas condições de trabalho como forma de reconhecimento." A diretora acredita ainda que quando os professores se dedicam apenas a uma escola, podem conhecer melhor os alunos e trabalhar de forma mais individualizada com eles. Além disso, a escola, que já atendeu à educação infantil e à alfabetização de adultos, decidiu focar-se nas aulas de 6o a 9o ano, para poder se dedicar mais a esses alunos. "Esse certamente foi um dos fatores de sucesso de gestão", diz Adriana.

Para controlar as faltas e a evasão escolar a unidade utiliza a tecnologia. As chamadas são feitas com um notebook, que é monitorado pela administração da unidade. Quando algum aluno falta, imediatamente a escola entra em contato com os pais pelo telefone. Se a falta ocorrer três vezes consecutivas, as famílias recebem visitas de algum funcionário da escola para saber o motivo e, quando possível, ajudar a família a resolver o problema.

Escola tecnológica

Para combater as faltas e a alta taxa de evasão, a coordenação da Costa e Silva foi buscar as razões da baixa frequência dos alunos e encontrou na curiosidade pela internet parte do desinteresse pelas aulas tradicionais. Foi então que a unidade decidiu lutar por uma oportunidade de ser uma das escolas piloto do projeto Um Computador por Aluno (UCA), do governo federal. E conseguiu. A escola ganhou 350 laptops, uma para cada aluno.

Segundo o coordenador do UCA, Claudonei das Neves, que assumiu o projeto desde seu início, em 2009, sua implantação foi realizada em conjunto com toda a  equipe. Juntos, tomaram a decisão de manter os computadores na própria escola, devido ao modelo de salas ambiente implantado. Os laptops ficam guardados nos armários das salas e cada aluno tem um login e senha para usar os computadores.

Na central do UCA, há 60 computadores disponíveis para os alunos usarem em horários fora das aulas, dependendo de seu desempenho escolar. "Há uma série de atividades que permitem que os alunos usem a internet, como tirar boas notas, ter um bom desempenho nas gincanas culturais, atividades sociais, entre outras", afirma a diretora Adriana. "Alguns chegaram a ganhar o direito de usar até oito horas de internet, de forma fragmentada ao logo do mês. Essa medida foi crucial para a erradicação da evasão em nossa escola e as faltas também diminuíram bastante", conta Claudonei.

Para envolver toda a comunidade, muitas vezes os alunos levam os laptops para casa e ensinam seus pais, promovendo a inclusão digital também da família. Os computadores podem ser levados conforme agendamento e planejamento específico das aulas, e apenas se os pais autorizarem. Há ainda um projeto da escola em parceria com a Universidade Federal do Tocantins, que deve ter início em abril, para propiciar sinal de internet em todos os bairros de Gurupi, pois poucos alunos têm acesso à rede em casa. "Isso vai facilitar muito alguns trabalhos propostos", afirma o coordenador.

Participação

Segundo a professora Joana D'Arc, as áreas da instituição dialogam bastante entre si, o que colabora para o crescimento da escola. "Aqui não temos uma equipe gestora que se preocupa apenas com a parte administrativa e financeira, a diretoria está a par do pedagógico e do aprendizado também. Estamos interligados", ressalta.

Toda quarta-feira à noite os coordenadores e professores ficam à disposição nas escolas para atender os pais, orientá-los e conhecê-los. Para incentivar a participação, ao frequentar a escola, as famílias concorrem a prêmios de material escolar.

Após quatro conselhos de classe anuais, são realizadas orientações pedagógicas, em que os pais podem observar, por meio de gráficos, os resultados alcançados no decorrer do ano letivo.

A escola ainda realiza anualmente uma gincana cultural, que conta com competições sociais, artísticas e esportivas. Algumas provas ocorrem de forma pontual em horários previamente agendados e outras duram todo o ano letivo como a disputa das turmas que têm maior frequência às aulas e melhor rendimento escolar.

Gestão
A inovação reflete o contato com diferentes experiências em programas de gestão escolar pelas quais a unidade passou. De 2007 a 2011, a Costa e Silva participou do Projeto Liderança nas Escolas (Connecting Classrooms), uma parceria entre o Conselho Britânico e o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), que busca fortalecer a gestão escolar. Nesse projeto, a diretora era instigada a refletir sobre sua postura na unidade. 

"Uma das ações mais interessantes do projeto foi estar presente como diretora na sala de aula. Eu observava as aulas e fazia relatórios analisando o ensino, mas com cuidado para que isso não caracterizasse uma fiscalização, sem retorno para o docente, pois não era esse o objetivo", ressalta Adriana. "Observo a aula e, logo em seguida, converso com o professor. É importante mostrar as fragilidades, mas também apontar caminhos, elogiar e realçar seus pontos positivos. O chão da sala de aula é de fato um termômetro para a gestão da escola."

Administrar melhor o tempo foi outra ação importante estimulada na troca com o Conselho Britânico. Recentemente, a escola passou a formar salas ambiente, em que são os alunos que trocam de sala a cada disciplina e lá encontram materiais e decoração específica para aquela matéria. "Descobrimos que as aulas duplas de uma mesma matéria rendem muito mais do que uma hora-aula apenas. Mas o aproveitamento depende, também, do planejamento do professor", diz.

Considerada exemplo de administração, a Escola Estadual Presidente Costa e Silva ganhou o primeiro lugar do Prêmio Gestão Escolar 2011. Além de um intercâmbio da diretora para os Estados Unidos, a escola recebeu R$ 30 mil para investir na unidade. Durante a viagem, Adriana percebeu que as escolas norte-americanas usam cada vez mais a tecnologia em favor de sua comunicação interna. Com base nisso, ela voltou com a ideia de colocar na Costa e Silva uma televisão no pátio para mostrar os trabalhos dos alunos. Com o dinheiro, a equipe gestora vai implantar câmeras de segurança ao redor da escola e adquirir mais projetores e bebedouros para as salas de aula, devido ao forte calor em Gurupi.









Descompasso digital

A proliferação de páginas na internet com críticas à qualidade das escolas revela a falta de canais em que os alunos possam se manifestar; unidades devem orientá-los sobre conteúdo das publicações

Graziela Massonetto

 

Portas sem fechadura, fios à mostra, vasos sanitários sem tampa, cadeiras e carteiras quebradas... Imagens como essas, de diversas escolas públicas brasileiras, estão sendo divulgadas na internet desde que a catarinense Isadora Faber, de 13 anos, criou a página "Diário de Classe" na rede social Facebook, em julho do ano passado. Suas publicações, que são acompanhadas por cerca de 540 mil pessoas, tratam dos problemas pedagógicos e de infraestrutura da Escola Básica Maria Tomázia Coelho, de Florianópolis (SC), onde ela estuda. Apesar da notoriedade e elogios, ela também recebeu diversas críticas, vindas tanto de professores e gestores quanto de outros alunos da unidade, incomodados com a forma de exposição dos problemas da unidade.

Ainda assim, a iniciativa trouxe resultados - equipamentos foram consertados e a quadra reformada - e inspirou alunos de diferentes regiões do Brasil a fazer o mesmo.

Especialistas apontam que essa divulgação pública dos problemas, que incomodou muitos gestores, é a forma que os alunos encontraram para serem ouvidos pelas escolas - um indicativo de que os espaços tradicionais de gestão democrática não têm funcionado, mas também da vontade de participar dos alunos.

Na escola de Emerson da Silva Mendes, aluno do 2º ano do ensino médio em Itamaraju (BA), ventiladores e portas de banheiro foram consertados após as publicações do aluno na internet. "Logo que vi os resultados na escola da Isadora, resolvi criar a minha própria página.

Grande parte dos problemas mostrados já foi resolvida", conta. Já Ana Vitória Radic cursa o 1° ano do ensino médio em Brasília e relata problemas com a merenda. "O lanche, que não era de boa qualidade, melhorou depois da criação da página."

Mas nem sempre os problemas são solucionados. O aluno B. N., que prefere não se identificar, cursa o 2º ano do ensino médio numa escola estadual de Castelo, no Espírito Santo, e revela seu descontentamento. "Infelizmente, ainda não conseguimos mudanças efetivas. Queremos um bom ambiente de estudo. Cansamos de apenas ser cobrados pela escola e não poder cobrar o que ela deveria cumprir e não o faz."

Comunicação

A falta de comunicação com professores, diretores e coordenadores é uma das maiores queixas dos alunos. Para muitos deles, a repercussão das páginas na internet é a única forma de serem ouvidos e o principal motivo para terem criado seus próprios Diários de Classe. "Alguns professores perguntam o que estamos publicando, mas sinto falta de conversas com a direção sobre o que precisa ser mudado. Se a imprensa não se manifesta, dificilmente as coisas mudam", diz Alisson Emanuel Gomes, que cursa o 7º ano do ensino fundamental em São Luís, no Maranhão. "Alguns funcionários apoiaram a ideia", ressalta Michael Roger de Oliveira, do 3º ano do ensino médio de uma escola de Belém (PA). "Eles sabem que qualquer melhora na escola beneficiaria todos nós. Seria muito bom para eles trabalhar com ar-condicionado nas salas, por exemplo. Por isso, muitos professores gostaram. Outros não se pronunciaram."

Para Emerson, de Itamaraju, os diários são importantes por mostrar o cotidiano das escolas. "Essa foi uma forma que encontramos para expor a situação das escolas no nosso país. É lamentável que algumas pessoas não interpretem dessa forma e achem que o que estamos fazendo é vergonhoso ou impróprio."

Ester Rizzi, advogada da Organização Não Governamental Ação Educativa, vê a proliferação de denúncias como a expressão de alunos que não têm espaço para se pronunciar na própria escola. "Talvez faltem canais de comunicação nas instituições para dar vazão a essas manifestações." Ela destaca que a liberdade de expressão é um direito garantido na Constituição Federal, mas ressalva que existem limites - principalmente quando diz respeito a pessoas, quando há críticas a um professor ou funcionário, por exemplo. "É uma grande responsabilidade fazer uma crítica pública a alguém porque a imagem, a honra e a privacidade da pessoa são protegidas pela lei."

O papel dos gestores

Faz muita diferença para a condução dos gestores entender com qual tipo de problema a escola está lidando. Uma porta que é consertada, mas sempre acaba sendo quebrada, por exemplo, pode ser tema de uma reunião aberta com os alunos para discutir a questão e fazer um acordo para que tenham mais cuidado com a estrutura da escola. Já se o problema for com um professor específico, pode ser melhor convocar uma reunião com o coordenador pedagógico, diretor, professor envolvido e o aluno. Assim, não há a exposição desnecessária de ninguém. "É importante também não tomar uma decisão sozinho. É preciso mais de uma pessoa para ouvir o aluno e o professor, de modo a tornar a reunião mais democrática", ressalta Ester.

Além disso, o conselho escolar pode se tornar um espaço de discussão ampla sobre os problemas da escola, onde toda a comunidade possa expressar suas opiniões e críticas.

Outro canal seria a própria direção e coordenação pedagógica receberem sugestões, reclamações e até mesmo petições: uma ouvidoria simplificada, que funcione como um lugar onde os alunos possam ser ouvidos. Para Ester, as instituições devem pensar em maneiras simples de receber informações da comunidade. A escola pode, inclusive, incentivar os alunos a usar meios institucionais para fazer suas manifestações. Dessa maneira, todos ganham: o aluno tem a certeza de que sua reclamação chegou à direção e a escola consegue administrar melhor as revindicações, que chegam diretamente às suas mãos.

"A represália é o pior caminho, pois mostra que a escola não aceita críticas. É preciso estar preparado para lidar com o impacto das redes sociais, não tratando as manifestações como negativas para a escola e sim como algo que permite que mudanças sejam feitas para a melhoria da instituição", explica a advogada.

Michel Carvalho, pesquisador de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo (USP), também defende a abertura de caminhos para discussão. "Toda escola deve criar espaços de diálogo entre professores, alunos e famílias. Esses encontros não devem se resumir a reuniões de pais ou da coordenação. Se a escola possui um grêmio estudantil, é preciso que essa organização tenha direito à voz."

Muitos problemas de infraestrutura ocorrem pela lentidão do processo licitatório. Às vezes, a falta de professores se deve ao quadro limitado de docentes e o adiamento de uma reforma à falta de repasse de verbas, então os responsáveis pela contratação e pelo repasse do dinheiro - as secretarias de Educação - devem ser cobrados. É preciso explicar aos alunos que as melhorias nem sempre dependem apenas da escola. Porém, é dever da instituição pressionar os órgãos responsáveis, por isso, gestores precisam estar sintonizados com as deliberações da Secretaria de Educação. Michel ainda recomenda que a escola fique a par das manifestações na internet para que a comunicação institucional se torne eficiente de modo a esclarecer ou corrigir informações que não correspondam à verdade dos fatos, evitando versões desencontradas ou imprecisas.

Para ele, os professores têm papel muito importante na mediação desses conflitos entre estudantes e dirigentes escolares. "Seria interessante propor atividades pedagógicas que estimulem a cidadania, como uma discussão ampla sobre a responsabilidade de cada instância escolar."

Novas tecnologias

Vani Kenski, professora da Faculdade de Educação da USP, afirma que as escolas precisam aprender a lidar com o uso da tecnologia e das redes sociais: "Estamos em um processo marcado pela transparência do que acontece atrás dos muros da escola. É uma nova forma de cultura. E é irreversível." Torna-se necessário repensar a formação dos professores, contextualizando-os com essa realidade e seus desafios. "Essa é a linguagem dessa geração. Eles usam as redes para relatar uma infinidade de coisas, inclusive as que ocorrem nas suas escolas. As críticas são uma excelente oportunidade para que as escolas conversem com os alunos sobre os problemas levantados e criem grupos colaborativos para resolvê-los."

Cabe aos professores e gestores construir um ambiente que consiga conversar com essa geração digital. Para a professora, a formação contínua dos educadores para as novas tecnologias permitiria à escola lidar melhor com esses casos, já que os docentes também estariam inseridos no mundo on-line e poderiam, inclusive, orientar os alunos sobre como aproveitar melhor a rede. "É importante que a formação inclua tanto a reflexão pedagógica quanto o aprendizado tecnológico." 


Como lidar com as denúncias? 

- Orientar os estudantes a evitar a exposição desnecessária de alunos, professores e funcionários.
- Acompanhar as manifestações na internet para esclarecer ou corrigir informações que não correspondam à realidade.
- Convocar os alunos para discutir as questões levantadas por eles.
- Criar grupos colaborativos para a resolução dos problemas.
- A equipe deve se mostrar aberta a sugestões e reclamações.
- Criar uma ouvidoria simplificada, onde os alunos possam ser ouvidos.
- Tornar o conselho escolar um espaço de discussão ampla sobre a escola, onde alunos e toda a comunidade escolar possam se manifestar.


 

 fonte:  http://revistaescolapublica.uol.com.br/textos/31/descompasso-digital-279214-1.asp

terça-feira, 9 de abril de 2013

Bem vindo ao Blog da Escola Izanete Victor

   
A ideia de criar este Blog surgiu da vontade de unir mecanismos de  duas diferentes maneiras na forma de Educar: O Debate e a Internet. A troca de ideias é essencial para que possamos construir um cidadão mais consciente de seu papel dentro da Nova Sociedade.

  Fazer com que alunos e professores troquem ideias fora do ambiente da sala de aula, utilizando o ambiente virtual também é um meio moderno  de educar.  Este Blog pretende que questões do cotidiano de dentro e fora da comunidade escolar tenham destaque, sempre respeitando a Liberdade de Expressão de todos, valorizando toda e qualquer forma de opinião desde que com Respeito!.

     Por essa razão a Proposta de Educar e Conectar ficou como lema principal do Blog, que terá na elaboração de sua pauta o auxilio da Administração, Professores, Alunos e Comunidade em geral  da Escola Izanete Victor dos Santos, tudo isso com o propósito principal de divulgar as atividades da Escola.
Vamos aproveitar esta oportunidade, Participe!!!!

Prof. Murillo Bentes