Quando falamos em cultura, pensamos em diversidade de crenças, etnias, costumes, idiomas, manifestações artísticas, entre outros. O conjunto desses elementos forma a identidade de um povo.
Como advento das novas tecnologias, sobretudo a internet acessível a grande parte da população mundial, notamos um fenômeno de aproximação das culturas, ainda que seja por observação. Ou seja, sabemos em tempo real o que está acontecendo do outro lado do planeta.
Por consequência, isso traz novos comportamentos sociais. Se em um primeiro momento o indivíduo passa a observar, chegamos na fase em que grupos se mobilizam para intervir em acontecimentos até então ordinários naquele local.
Podemos citar como exemplo a sudanesa Mariam Ibrahim que havia sido condenada à morte por se converter ao cristianismo. Imediatamente a repercussão do caso levou pessoas e organismos internacionais a defenderem a liberdade de crença.
Outro caso que chocou a comunidade ocidental foi a condenação da indiana a um estupro coletivo por se apaixonar por um homem de sua aldeia rival. A violência sexual na Índia está profundamente enraizada em sua cultura. Porém, ao ser descoberta pela internet, passa a ser questionada pelas culturas “externas”.
Vivemos a era em que tudo pode ser observado, analisado e questionado. A internet sem dúvida permite a ampliação de debates sobre os mais diversos temas, como atualmente tem ocorrido com os direitos humanos.
Mobilizações em redes sociais, assinatura de petições e intervenções de organismos internacionais. Isso indica uma nova tendência de comportamento social. A dúvida é: o quanto as culturas locais serão afetadas, influenciadas e modificadas com essas interferências internacionais. Serão extintas pelas culturas dominantes ou criarão novas formas de resistência?
Edição: Samy Dana e Octavio Augusto de Barros
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